Uma obra que nunca foi usada de fato, construído, abandonado, incendiado e por fim, demolido. São mais de 10 anos desde a sua construção, inauguração e demolição
Por inúmeras vezes o Jornal Mídia, tanto sua versão impressa, como a digital, noticiou em suas páginas e site, denuncias e o descaso com o local.
Construído ainda na gestão do então prefeito Mário Sérgio Saud Reis "Cebola" (PP), teria como propósito reunir produtores do agronegócio local, para divulgar e venderem seus produtos.
Desde sua construção poucas vezes foi de fato utilizado, se tornando apenas um grande galpão vazio, no meio de um terreno enorme.
Localizado dentro de um grande terreno, quase do tamanho de um quarteirão, ele fica no meio das ruas Higino Marchió, rua Ver. José Dias Capelli, Rua Caetano Marasco e rua Ricardo Brassarola, próximo do Cemitério Municipal.
Desde a sua inauguração, o galpão nunca encontrou uma destinação adequada, e passou por polêmicas, como a utilização do local por empresas privadas, por possíveis usos de uma feira livre que nunca deu a luz, e durante a gestão do ex-prefeito José Antônio Jacomini (Cidadania), houve uma tentativa de sediar no local uma espécie de incubadora de empresas, mas que não atraiu interessados em número suficiente, mesmo abrindo a experiência para outros setores que não o agronegócio.
Em 2013, se cogitou a instalação de uma escola do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). O local tinha potencial para a implantação da escola, mas era preciso fazer uma limpeza de entulhos que estavam no local e uma reforma, como a retirada de algumas paredes, mas ficou estabelecido para 2014 o inicio dessas ações pela prefeitura.
Nesse meio tempo houve vandalismo no local, o abandono favoreceu a presença de usuários de drogas e acabou servindo também para abrigo de pessoas em situação de rua.
No final das contas acabou que o Galpão do Agronegócio continuou servindo de depósito de entulhos e pneus.
No começo do ano de 2016, a Associação Ciranda Viva entrou em acordo com o Prefeito na época, José Jacomini, onde a associação iria utilizar o espaço para suas atividades.
Mas em março houve um incêndio no Galpão do Agronegócio. O incêndio foi justamente onde se alojava os pneus, com frente para a rua Ricardo Brassarola, e o galpão continuou como estava.
Em julho de 2017 outro incêndio tomou conta do galpão, dessa vez com estragos maiores, a estrutura ficou retorcida e parte do telhado desabou.
Em 2019 começaram de fato a limpeza do local, retirando os entulhos, e o galpão ficou com apenas parte de sua estrutura em pé, como paredes e parte do teto.
Em fevereiro de 2020, como publicado AQUI, conversamos com o Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos, Rafael Henrique Castaldini, onde foi nos dito que o Prefeito Municipal Paulo José Brigliadori (Cidadania) já teria autorizado a demolição do prédio.
O Secretário afirmou na época que seria feito um laudo técnico com todas as informações sobre a situação do local e seria feito um projeto básico para que a demolição pudesse ser feita, e como ainda faltavam alguns trâmites, provavelmente em 2 meses tudo seria resolvido.
Quase 18 meses depois, agora em 2021, o prédio foi enfim demolido.
No local agora restam alguns entulhos que sobraram das paredes do galpão.
Na última segunda-feira (9), enviamos um email para a Prefeitura municipal de Jardinópolis, perguntando qual o futuro do local, se algo vai ser construído ali, e sobre o espaço do campinho de futebol que existe no local, que é utilizado até hoje pelos munícipes, principalmente as crianças.
Até a publicação desta matéria não recebemos retorno.
O futuro agora é incerto, não sabemos o que será feito do local, se o campinho será mantido, se tudo será demolido e algo construído no local.
Resta agora a lembrança do que um dia foi escrito num dos muros do galpão, mas que nunca se concretizou: “Local exclusivo para educação, escola municipal, crianças".
Foto capa: Renato Gomes
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